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Arquitetos: MacKay-Lyons Sweetapple Architects
- Área: 257 257m2
- Ano: 2019
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Fotografias:Doublespace Photography
Descrição enviada pela equipe de projeto. Essa é uma residência de férias localizada na costa atlântica da Nova Escócia, adjacente à fazenda do arquiteto (Shobac). Ela é composta por três pavilhões em um terreno de dois acres que vai desde uma lagoa de sal no leste a uma ousada orla marítima a oeste. Esta pequena península historicamente sustentava um porto de pesca costeira.
Este é um projeto proto-urbano, formando uma vila, juntamente com outras casas projetadas pelo arquiteto, no antigo local da aldeia de pescadores. A vila reconstituída é densa, exigindo um tratamento cuidadoso das vistas de e para cada edificação, a fim de otimizar a comunidade e a privacidade. Vários pátios são emoldurados entre as estruturas, criando microclimas que capturam o sol e bloqueiam o vento, seguindo as estações do ano e os rituais diários da habitação.
A vila é criada pela cuidadosa agregação de formas simples de telhado duas águas, produzindo um efeito maior que a soma de suas partes. Enquanto essas formas tradicionais ecoam edifícios vernaculares locais, elas são absolutamente modernas através de revestimentos e detalhes minimalistas. A casa está situada em uma base de pedra, como uma ruína, protegida por telhados de chapa de aço Corten. Essa base é construída em pedra local, trazida pela retirada de geleiras durante a última era glacial, há mais de 15000 anos. Profundamente regional, ela é também o material de fundação tradicionalmente dividido à mão para a construção de todas as ruínas históricas próximas.
O percurso da paisagem em direção ao projeto começa com a vista da colina da vila logo na chegada, seguido por um par de edifícios históricos reconstruídos e pelas paisagens agrícolas. Então, passa-se por um muro de contenção de pedra abaixo do projeto. Entre o galpão e os pavilhões, a visão é voltada para o campus de Shobac. A seguir, sobe-se uma escada monumental de pedra, espremendo-se entre os pavilhões diurnos e noturnos. E, por fim, se chega a base de pedra, enquadrando a vista para um farol distante.
Numa época em que grande parte do nosso mundo está em fluxo, este é um projeto que trata de arquétipos atemporais, em vez de tendências. É menos sobre si mesmo e mais sobre a paisagem cultivada ao seu redor. A Smith é mais uma resolução do que uma novidade; mais sobre ser "bom" do que ser "novo". É uma expressão madura de um corpo de obra, ou linguagem arquitetônica, desenvolvida ao longo de quarenta anos. Esse projeto realmente começou em 1994, quando o arquiteto e um grupo de seus alunos construíram o primeiro projeto "Ghost," como uma barraca translúcida sobre uma ruína de pedra de 400 anos adjacente à nova Smith. Em 2016, o arquiteto fez uma 'restauração' idealizada dessa ruína. O pedido inicial dos Smith era de um projeto de casa que se referisse àquela ruína histórica local.